sábado, 19 de junho de 2010

Fome de Alma



Sinto um desejo carnal,
Que nem toda a carne mata.
Uma fome de toda a carne,
Que única a tua carne basta!

A minha carne espera tão só
Que felizes,
Outra fome se mate na tua
Enquanto a minha fome me mata.

Já comi céus e mares e terras,
Já comi plátanos e embondeiros,
Comi de todos aos molhos
E nada sacia esta fome,
Nada preenche os meus olhos.

Mãos atadas
A fome espera, sem calma,
Poder um dia matar-se de novo,
De carne e Alma!
De carne
E Alma...

Joana