A rua é longa, enfim...
A rua é larga,
Mesmo da calçada estreita,
De ladrilho marfim.
Mas a rua,
A rua é de alcatrão,
A rua é grande, feita
De uma estranha circulação.
E tu cais do céu
De um veículo que não é nada.
Mão dada, lado a lado
Um descanço na madrugada.
Devias ter-me acordado,
Podias ter-me levado.
Mas seguiste caminho e eu,
Eu deixei-me na esquina
Onde acaba a calçada,
Ver-te seguir essa rua
Que se torna uma estrada.
Joana
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Verdade, Valentia
É verdade,
É verdade
Que o mar rebenta na areia
E as folhas se agitam ao vento,
Que não existe sereia
Nem monstro nem tormento.
É verdade que os cães ladram
Nas ruas da minha aldeia,
E as aranhas apanham moscas
Nas filas da sua teia.
É verdade, para nós,
Que o Sol nasce nas montanhas
E se deita em ondas estranhas
E que o rio corre para a foz.
É tudo tão verdadeiro
Como o regozijo secreto
À mercê desse teu esgar
Saboroso e indiscreto.
Mas permanece incompleto
O breve beijo quebrado
Que foi em demais discreto
Nada erróneo,
Inacabado...
Joana
É verdade
Que o mar rebenta na areia
E as folhas se agitam ao vento,
Que não existe sereia
Nem monstro nem tormento.
É verdade que os cães ladram
Nas ruas da minha aldeia,
E as aranhas apanham moscas
Nas filas da sua teia.
É verdade, para nós,
Que o Sol nasce nas montanhas
E se deita em ondas estranhas
E que o rio corre para a foz.
É tudo tão verdadeiro
Como o regozijo secreto
À mercê desse teu esgar
Saboroso e indiscreto.
Mas permanece incompleto
O breve beijo quebrado
Que foi em demais discreto
Nada erróneo,
Inacabado...
Joana
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